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ROSA CHOQUE

poema cênico musical virtual de Dione Carlos

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“Ocupar e resistir
Mãe e pai no portão
Cobertor na mão
Mãe e pai no portão
Chorando entre grades
Não é a pré-escola
Não estamos na prisão
Mãe e pai no portão, temendo uma invasão
Pedindo a pais e mães fardados que não maltratem seus filhos
Por lutarem pela educação"

 

ROSA CHOQUE entrelaça a história da ativista paquistanesa Malala Yousafzai e as estudantes secundaristas que ocuparam as escolas do Brasil no final de 2015, contra o seu fechamento. Malala ficou conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região de origem, o vale do Swat, onde os talibãs impediam as jovens de frequentarem a escola. Em 2012 Malala levou três tiros e ficou em coma por três meses. Ela tinha 15 anos. Algum tempo depois, jovens secundaristas ocupavam mais de 200 escolas estaduais em São Paulo, mobilizadas contra a proposta de “reorganização do ensino” declarada pelo governo, que pretendia fechar 92 escolas e transferir mais de 300 mil alunos da rede pública. 

 

Em seu texto inédito, a dramaturga Dione Carlos interliga os dois acontecimentos influenciada pelo slam, movimento de literatura e resistência que ganhou força no Brasil a partir de 2017, primeiramente em São Paulo. Em maio de 2020, durante o isolamento imposto pela pandemia da Covid-19, a diretora Vanessa Bruno reuniu uma equipe formada exclusivamente por mulheres conectando artistas de São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Paris e propôs uma vivência de teatro completamente remota para a dramaturgia de Dione Carlos. Gravada pelo celular das próprias atrizes, o material inspirado pela estética do zoom, recebeu uma edição para traduzir em imagem e ritmo um conceito mais amplo de colagem, quebra-cabeça e/ou uma montagem-mosaico, assumindo a linguagem remota da internet. O trabalho evoca a força das palavras na voz de cada intérprete, como se a rua das slammers se tornasse a janela virtual. ROSA CHOQUE aprofunda a pesquisa e reflexão sobre os caminhos na luta contra o patriarcado e reflete sobre a história recente do Brasil. 

 

O espetáculo - poema cênico musical virtual - foi produzido de forma completamente independente e teve demonstração pública como parte do processo em maio de 2021, participou da Mostra Videográficas do FarOFFa e, completamente concluído, em 2022, foi selecionado pelo PROAC Plataforma #CULTURAEMCASA para realizar seu licenciamento. 

 

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: Dione Carlos

Concepção e Direção: Vanessa Bruno

Elenco: Alice Quintiliano, Bia Miranda, Gabriela Rocha, Letícia Calvosa, Lilian Regina, Lisi Andrade, Livia Vilela, Luisa Coelho, Monalisa Silva e Rita Grillo 

Assistente de Direção: Elisa Volpatto

Preparação Vocal e Finalização Sonora: Joana Duah

Colagens: Isabel Wilker

Edição e Finalização:  Thaís Fernandes e Joana Bernardes

Finalização e Mixagem de Som: Naira Marcatto

Consultoria Slam: Luiza Romão

Produção: Corpo Rastreado

Realização: VULCÃO [criação e pesquisa cênica]

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